sábado, 28 de fevereiro de 2009

Textos


INDIVÍDUO, CULTURA E MUDANÇA SOCIAL

1 – MUDANÇA SOCIAL

Mudança – transformação ocorrida entre o estado anterior e o estado posterior de uma realidade social. É um fenômeno sociocultural que ocorre numa sociedade num dado momento histórico e que leva a transformações nas suas estruturas. Uma mudança social não se cingirá, no entanto, a alterações nas estruturas sociais, implicando de igual forma mudanças de comportamentos, atitudes e valores. Qualquer mudança social é também cultural.
Condições que têm de ser verificadas para se falar de mudança social:- ser um fenômeno coletivo
- Ser identificável no tempo
- Ser permanente
- Ser complexa (implica a desorganização e subseqüente reorganização das estruturas sociais)
Progresso – mudança num sentido desejável, normalmente ligada à modernização. É um termo normativo, que contém juízos de valor. Nem sempre é positivo.
- Mudança progressiva – mudança que ocorre num sentido desejável, de acordo com certas referências sociológicas.
- Mudança regressiva – quando a mudança não ocorre no sentido que se deseja.
Evolução social – conjunto de transformações sofridas por uma sociedade durante um longo período de tempo, produto de múltiplas mudanças.
Dinâmicas da mudança – podem ser:
- Internas – quando provêm da própria sociedade. São dinâmicas endógenas, os conflitos resultantes de diferentes interesses. São o verdadeiro motor das transformações e da mudança.
- Externas – exógenas, quando advêm de relações da sociedade com o exterior. Poderão ser novos inventos e técnicas, vindos de outras sociedades, assim como o contato constante com outras culturas (inter penetração cultural e aculturação)
Ritmos de Mudança
Os ritmos de mudança têm-se alterado muito ao longo da História. Nas últimas décadas, com a criação da Sociedade da Informação e a rápida evolução dos meios de comunicação, temos assistido a uma inquestionável aceleração dos ritmos de mudança. A globalização levou à mutabilidade e à imprevisibilidade da mudança.
Mudança Evolutiva – relacionada com a evolução social, resulta do normal devir das sociedades. É o produto de múltiplas mudanças, que atuam ao longo de várias gerações.
Mudança dirigida – ou imposta, quando a direção da mudança é planejada num determinado sentido, por grupos ou classes sociais. Apesar de muitas mudanças serem incontroláveis, um certo planejamento poderá reduzir, de forma significativa, os seus custos sociais, assim como atenuar a resistência a esta.
Revolução – mudança brusca, violenta ou não, que vem afetar de forma profunda todas as estruturas sociais. Este termo pode também ser aplicado a mudanças graduais e evolutivas que vieram alterar de forma radical os sistemas sociais (Revolução Industrial, por ex.).
Há que ter em conta que, como já foi visto, a mudança nem sempre é para melhor. Assim, será normal que surjam grupos sociais que assumam um papel de resistência à mudança. De fato, a mudança social implica sempre uma desorganização mais ou menos profunda das estruturas sociais, podendo dar origem a situação de desemprego, anomia (coexistência de valores contraditórios), medo e xenofobia.
Fatores de Mudança
- Geográficos (mudanças climáticas, catástrofes naturais, etc.)
- Demográficos (migrações, etc.)
- Sociais (conflitos políticos, a luta de classes, etc.)
- Culturais (Ideologias, que poderão ser reacionárias, conservadoras, progressistas ou revolucionárias; invenções, e contactos entre culturas, etc.)
Agentes de Mudança
Elites – indivíduos ou grupos que ocupam posições de autoridade, influência ou poder, influenciando a sociedade pelas decisões tomadas, idéias defendidas ou carga simbólica.
Movimentos sociais – organizações estruturadas que agrupam membros com vista à promoção e defesa de certos interesses ou objetivos. Podem desempenhar funções de mediação, clarificação da consciência coletiva ou pressão. Podem provocar a mudança ou resistir-lhe.
Grupos de pressão – visam influenciar as elites detentoras do poder com vista a controlar a mudança em determinadas direções. A sua eficácia irá depender do seu tamanho, capacidade financeira e nível de organização.
Movimentos contra-culturais – opõem-se à cultura e valores vigentes, freqüentemente defendendo modelos sociais e culturais que levariam à anomia. Estes valores são defendidos de formas revolucionárias, que, após apropriadas pela cultura vigente se transformam em modas.



A ARTE E SUA RELAÇÃO COM QUESTÕES SOCIOAMBIENTAIS

A atual problemática do ecologicamente sustentável surge da necessidade de conter os estragos ambientais causados pelo desenvolvimento, assim verifica-se a necessidade de uma maior divulgação de seus princípios e da exigência de efetivas ações. Neste contexto de calamidade ambiental em que a humanidade se encontra não é possível compreender porque algumas pessoas não percebem que suas atitudes interferem de forma decisiva na preservação ou destruição do ambiente?
O consumismo é um exemplo de atitude que quase nunca é associada a depredação ambiental pois é sempre estimulada via processo de massificação, mas que apresenta sim conseqüências socioambientais.
Os artistas como seres sociais, se apropriam da sua capacidade de comunicação para abordar estes assuntos! Em seus trabalhos apresentam visões do meio ambiente natural, rural, urbano, e levantam questões a respeito da diversidade dos seres humanos, seus diversos ambientes e o resultado de ações destrutivas ao meio.Dessa forma alertam a sociedade para a necessidade de se propor rapidamente soluções viáveis para um mundo sustentável.

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